sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Coração Vazio

“Mas chega. Hoje decidi que estou prestes a assumir meu coração vazio. Não decidi isso movida por uma grande coragem ou por um momento de iluminação. Nada grandioso aconteceu. Apenas sinto que dei um pequeno, quase imperceptível, passo para uma vida mais madura. Eu simplesmente não suporto mais pintar o céu de cor-de-rosa para achar que vale a pena sair da cama.”

(Tati Bernardi)

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Hoje escolhi o silêncio... matei uma pequena esperança antes de dormir.


"Eu que sou barulhenta, que acordo falando alto e pelos cotovelos, me calei.


Hoje escolhi o silêncio, todos me deram bom dia, eu apenas sorri, nada respondi. Eles estranharam, me olharam com olhos esbugalhados, pois estavam prontos pra ouvir minha voz estridente e minha gargalhada espalhafatosa. Se espantaram e, por onde eu passava, me olhavam aflitos, pedindo um pouco do meu humor debochado, da minha ironia e do meu ar de quem tá nem aí pro babado.


Mas hoje eu não quis falar, não coloquei meu nariz de palhaça ao sair de casa, não me fantasiei de mulher maravilha, tampouco me emaranhei numa falsa alegria. A verdade sobre meu silêncio ficou pregada no espelho, enquanto flertava com a minha impontualidade.


Rabisquei minhas falhas na testa com minha caneta imaginária de auto cobrança, não maquiei uma felicidade ordinária na minha boca, pois não nasci hipócrita, muito menos mentirosa. Sei que todos esperavam que eu os contagiasse com minha alegria que, por sinal, sempre foi minha marca registrada, mas não hoje, não agora.


Estou em luto, matei uma pequena esperança antes de dormir. Sinto muito por não fazer milagres, por isso devo velar meu arrependimento, minha covardia, por ser uma reles mortal, que prefere enterrar o impossível, ao invés de fazê-lo possível.


Só por hoje, me dou ao luxo de não falar, mas escrevo, portanto, devorem uma verdade: Ao matar uma esperança, você poderá ser enterrado vivo."


(J.F)

Manias

"Mania de jogar o cabelo pro lado. Mania de sorrir quando sente alguém olhando demais. Mania de coçar os olhos e olhar o visor do celular como se houvesse chegado alguma coisa e não viu. Mania de estudar escutando música e revirar os olhos sempre que escuta, ouve ou vê alguma bobagem. De sorrisos, de olhares, de vozes e cheiros. Mania de achar que nem tudo é aquilo que se vê. De imaginar situações com quem nunca viu e se arrepiar, sorrir, se desesperar por isso. Mania de fechar os olhos antes de dormir e te desejar boa noite em pensamento, dorme bem, sonha comigo, te quero muito e bem."
(C.F.A)

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

E pedacinhos da sua alma vão finalmente voltar...

"Eu entendo o que é se sentir a menor e a mais insignificante das criaturas do mundo e isso faz você sentir dores em lugares que nem sabia que existiam no corpo. Não importa quantos penteados novos você fizer, ou em quantas academias entrar, ou ainda quantas xícaras de chá você tomar com as amigas, você ainda vai pra cama, toda noite, pensando em cada detalhe, imaginando o que fez de errado, ou como pode ter interpretado mal, e como foi que por um breve momento, você achou que podia ser tão feliz. Às vezes você consegue até se convencer de que ele, num passe de mágica, irá até à sua porta… e depois de tudo isso, demore o tempo que tenha que demorar, você vai para um lugar novo, vai conhecer pessoas novas que fazem você se valorizar e pedacinhos da sua alma vão finalmente voltar. E aquela época turva, aquele tempo ou a vida que você desperdiçou, tudo isso começa a se dissipar."

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

A raposa e o Pequeno Príncipe



XXI


E foi então que apareceu a raposa:
- Bom dia - disse a raposa.
- Bom dia - respondeu educadamente o pequeno príncipe, que, olhando a sua volta, nada viu.
- Eu estou aqui - disse a voz -, debaixo da macieira...
- Quem és tu? - perguntou o principezinho. - Tu és bem bonita...
- Sou uma raposa - disse a raposa.
- Vem brincar comigo - propôs ele. - Estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo - disse a raposa. - Não me cativaram ainda.
- Ah! Desculpe - disse o principezinho.
Mas, após refletir, acrescentou:
- Que quer dizer "cativar"?
- Tu não és daqui - disse a raposa. - Que procuras?
- Procuro os homens - disse o pequeno príncipe. - Que quer dizer "cativar"?
- Os homens - disse a raposa - tem fuzis e caçam. É assustador! Criam galinhas também. É a única coisa que fazem de interessante. Tu procuras galinhas?
- Não - disse o príncipe. - Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"?
- É algo quase sempre esquecido - disse a raposa. - Significa "criar laços"...
- Criar laços?
- Exatamente - disse a raposa. - Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu também não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
- Começo a compreender - disse o pequeno príncipe. - Existe uma flor... eu creio que ela me cativou...
- É possível - disse a raposa. - Vê-se tanta coisa na Terra...
- Oh! Não foi na Terra - disse o principezinho.
A raposa pareceu intrigada:
- Num outro planeta?
- Sim.
- Há caçadores nesse planeta?
- Não.
- Que bom¹ E galinhas?
- Também não.
- Nada é perfeito - suspirou a raposa.
Mas a raposa retomou o seu raciocínio.
- Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E isso me incomoda um pouco. Mas, se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. Os teus me chamarão para fora da toca, como se fossem música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim não vale nada. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos dourados. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará com que eu me lembre de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...
A raposa calou-se e observou por muito tempo o príncipe:
- Por favor... cativa-me! - disse ela.
- Eu até gostaria - disse o principezinho -, mas não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou - disse a raposa. - Os homens não tem mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo já pronto nas lojas. Mas, como não existem lojas de amigos, os homens não tem mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
- Que é preciso fazer? - perguntou o pequeno príncipe.
- É preciso ser paciente - respondeu a raposa. - Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto...
No dia seguinte o principezinho voltou.
- Teria sido melhor se voltasses a mesma hora - disse a raposa. - Se tu vens, por exemplo, as quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. As quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas, se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar me coração... É preciso que haja um ritual.
- Que é um "ritual"? - Perguntou o principezinho.
- É uma coisa muito esquecida também - disse a raposa. - É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas. Os meus caçadores, por exemplo, adotam um ritual. Dançam na quinta-feira com as moças da aldeia. A quinta-feira é então o dia maravilhoso! Vou passear até a vinha. Se os caçadores dançassem em qualquer dia, os dias seriam todos iguais, e eu nunca teria férias!

Assim, o pequeno príncipe cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
- Ah! Eu vou chorar.
- A culpa é tua - disse o principezinho. - Eu não queria te fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...
- Quis - disse a raposa.
- Mas tu vais chorar! - disse ele.
- Vou - disse a raposa.
- Então, não terás ganhado nada!
- Terei, sim - disse a raposa -, por causa da cor do trigo.
Depois ela acrescentou:
- Vai rever as rosas. Assim compreenderás que a tua é única no mundo. Tu voltarás para me dizer adeus, e eu te presentearei com um segredo.

O pequeno príncipe foi rever as rosas:
- Vós não sois absolutamente iguais a minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativastes ninguém. Sois como era a minha raposa. Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu a tornei minha amiga. Agora ela é única no mundo.
E as rosas ficaram desapontadas.
- Sois belas, mas vazias - continuou ele. - Não se pode morrer por vós. Um passante qualquer sem dúvida pensaria que a minha rosa se parece convosco. Ela sozinha é, porém, mais importante que todas vós, pois foi ela que eu reguei. Foi ela que pus sob a redoma. Foi ela que abriguei com o para-vento. Foi por ela que eu matei as larvas (exceto duas ou três, por causa das borboletas). Foi ela que eu escutei se queixar ou se gabar, ou mesmo calar-se algumas vezes, já que ela é a minha rosa.

E voltou, então, a raposa:
- Adeus... - disse ele.
- Adeus - disse a raposa. - Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.
- O essencial é invisível aos olhos - repetiu o principezinho, para não se esquecer.
- Foi o tempo que perdeste com tua rosa que a fez tão importante.
- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... - repetiu ele, para não se esquecer.
- Os homens esqueceram essa verdade - disse ainda a raposa. - Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela tua rosa...
- Eu sou responsável pela minha rosa... - repetiu o principezinho, para não se esquecer.

(O Pequeno Príncipe - Antoine de Saint-Exupéry)


sexta-feira, 12 de junho de 2015

Porque pintar me acalma

E eu continuo a dar vida aos desenhos do meu livro Floresta Encantada... nas últimas duas semanas foram esses: Uma floresta encantada, uma coruja, um esquilo, algumas flores, pássaros, um alce e um cervo...







 

sábado, 30 de maio de 2015

Pintando...

Sozinha em casa, tristinha olha aí o resultado da depre de ontem... um Brasão do livro Floresta Encantada...


sexta-feira, 29 de maio de 2015

Arte Terapia

Mais um desenho que pintei do Livro para Colorir para Adultos Floresta Encantada...
Simplesmente amei esse desenho... dar cor para ele foi muito relaxante... ;)


quinta-feira, 28 de maio de 2015

Livro para Colorir

Postando mais um dos desenhos do livro Floresta Encantada que pintei.
Não tenho técnica de pintura alguma, mas realmente limpo minha mente quando dou vida para os desenhos... Minha vida estava mesmo precisando de um pouco de cor...


terça-feira, 26 de maio de 2015

Retirando o Estresse

Eu achava que esta coisa de livro de colorir antiestresse fosse uma bobeira, resolvi experimentar e adivinha só... gostei... Não é que esse negócio acalma mesmo!!!
Não tenho o dom da pintura, não tenho técnica nenhuma, mas realmente descansei minha mente durante a pintura...
Este é o livro para colorir Floresta Encantada.




terça-feira, 19 de maio de 2015

Simples demonstrações

“Ela nunca pediu muito, nunca exigiu o mundo. Tudo que ela queria era carinho, atenção e se sentir uma mulher amada. Não precisava falar com ela o dia todo. Ela queria simples demonstrações de que ela era uma mulher importante.”


(Alexandre Guimarães)

Sou uma pessoa

“Já ouvi várias vezes ah-como-você-lida-bem-com-as-coisas. Não, não lido. Sou péssima em lidar “com as coisas”. Sou ciumenta com coisas bobas, impulsiva pelo menos uma vez por dia, leio bula de remédio e depois acho que tenho aquele bando de sintomas, meu dedão do pé não é bonito, quero tudo do meu jeito e minha cabeça é muito, muito dura. Não sou uma musa, uma diva, uma entidade, uma mestra. Sou uma pessoa. E de vez em quando sou uma pessoa péssima. Péssima mesmo. De vez em quando morro de vergonha de mim. E se eu fosse você morreria de vergonha de mim também. Amo muito, tudo é muito, tudo é exagero, tudo é demais.”


(Clarissa Corrêa)

sábado, 16 de maio de 2015

Adele - I Can't Make You Love Me (Tradução)





Tudo o que eu sinto nesse momento...

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Only Hope - Mandy Moore Legendado BR

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Ira! e Pitty - Eu Quero Sempre Mais





A minha vida
Eu preciso mudar todo dia
Pra escapar da rotina
Dos meus desejos por seus beijos
Os meus sonhos
Eu procuro acordar
E perseguir meus sonhos
Mas a realidade que vem depois
Não é bem aquela que planejei
Eu quero sempre mais!
Eu quero sempre mais!
Eu espero sempre mais de ti
Por isso hoje estou tão triste
Porque querer está tão longe de poder
E quem eu quero está tão longe, longe de mim
Longe de mim
Longe de mim
Longe de mim
Longe de mim
Longe de mim

quinta-feira, 19 de março de 2015

Pode ser - Banda do Mar


"Pode ser o seu cabelo
Ou o jeito que você anda
Pode ser o seu apelo
Pelos burros de miranda

Pode ser o sol da tarde
E essas coisas que ele traz
Dada sua intensidade
Ou a calma do meu mundo
Um dia eu vou ficar bem
Só pra te querer mais
Onde quer que eu ande bem
Domingo é pra te dar paz
Pode ser o seu tamanho
Ou o jeito que você erra
No momento em que eu te ganho
Ou no barco que te leva
Pode ser o que você quer
Ou o que eu tenho pra te dar
Uma vida inteira pra viver
Ou um só segundo pra lembrar"