Como cabelos ralos que se partem e caem pelo chão...
Mulheres como eu estão tirando o pé
Andando em marcha ré
Com medo de entrar na contramão...
Como trens do interior que não chegam no horário
Como velhos elefantes que morrem solitários...
Mulheres como eu estão ficando chatas
Como solas de sapatos que se gastam com o passar do tempo...
Não vou mais medir o tempo
 Não vou mais contar as horas
 Vou me entregar ao momento
 Não vou mais tentar matar o tempo
Como palavras de amor
 Que não se guardam em disquetes
 Como segredos sem valor
 Que a gente nunca esquece...
Mulheres como eu estão ficando velhas
 Calçando os seus chinelos
 Concluindo que não há mais tempo
Não vou mais medir o tempo
 Não vou mais contar as horas
 Vou me entregar ao momento
 Não vou mais tentar matar o tempo
Não vou mais contar as horas
Vou me entregar ao momento
Não vou mais tentar matar o tempo
 
 
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