sábado, 6 de novembro de 2010

Mulheres como eu...

Mulheres como eu estão ficando raras
Como cabelos ralos que se partem e caem pelo chão...

Mulheres como eu estão tirando o pé
Andando em marcha ré
Com medo de entrar na contramão...

Como trens do interior que não chegam no horário
Como velhos elefantes que morrem solitários...

Mulheres como eu estão ficando chatas
Como solas de sapatos que se gastam com o passar do tempo...

Não vou mais medir o tempo
Não vou mais contar as horas
Vou me entregar ao momento
Não vou mais tentar matar o tempo

Como palavras de amor
Que não se guardam em disquetes
Como segredos sem valor
Que a gente nunca esquece...

Mulheres como eu estão ficando velhas
Calçando os seus chinelos
Concluindo que não há mais tempo

Não vou mais medir o tempo
Não vou mais contar as horas
Vou me entregar ao momento
Não vou mais tentar matar o tempo

Não vou mais medir o tempo
Não vou mais contar as horas
Vou me entregar ao momento
Não vou mais tentar matar o tempo

Nenhum comentário: